sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Dos Nossos Alunos - HUMAN RIGHTS



 All rights matter. Of course they do. How could they not? How can we talk about freedom of expression if we don’t talk about the right to live a safe life? How can we feel safe talking about religion or sexuality if we live in a country without freedom of expression? I believe all rights should be respected. After all, they’re rights for a reason.

In a perfect world, there would be no human rights violations. Unfortunately, we know that’s pretty much impossible. So, even though all UDHR’s rights are equally important, I think we should prioritize. As I said before, there are some rights we don’t even think about if we don’t have others assured. Overall, I believe we should aspire to a perfect world and do our best to achieve that. We should not waver when we don’t see results right away.

This fight is a process. Looking back we can see that we’ve come a long way, but we need to keep going since there’s still a lot more we can achieve.

 

 

Raquel Vilaça Ferrão, nº9 12ºCSE

Dos Nossos Alunos

 "Conto à Vista"

No âmbito da comemoração do Mês das Bibliotecas Escolares a BESCM lançou o concurso intitulado "Conto à Vista", desafiando os alunos a escreverem um conto a partir de uma imagem.

No Ensino Básico a imagem escolhida foi o quadro de Paula Rego "As Criadas" 

e no Ensino Secundário "A noite Estrelada" de Vincent Van Gogh.

 MoMA The Museum of Modern Art

A  Biblioteca agrade-se e congratula-se com a participação de todos os alunos e divulga o nome dos vencedores e respetivos contos.



A MONTANHA-RUSSA DE EMOÇÕES 

Na primeira metade do século XX, numa vila muito tranquila, havia uma senhora chamada D. Maria e sua filha. Viviam numa casa pequena, aconchegante e colorida, com as suas duas criadas e o porco de estimação. 

  D. Maria andava muito triste e chorosa, uma vez que o seu marido faleceu ao combater na 1ª Guerra Mundial. Para a alegrar, as suas criadas, que gostavam muito da sua patroa, aconselharam-na a ir a  um restaurante que tinha fama de ter comida muito saborosa. 

    Apesar de não ter vontade, D. Maria decidiu seguir o conselho de suas criadas e levou a sua filha a almoçar fora. Quando entrou no restaurante, sentou-se numa mesa a um canto, bem resguardada e escolheu o prato para ela e para a sua filha, Beatriz. Enquanto se deliciavam com a apetitosa refeição, conversavam alegre e distraidamente uma com a outra. A pequena menina, ao beber do seu copo de forma sôfrega, acabou por derramar um pouco do sumo na sua camisa. A mãe, não querendo que a menina ficasse com a roupa molhada junto ao peito, correu à procura de um sítio para secar.  

    Ao entrar numa porta castanha, D. Maria viu um belo cozinheiro, que olhou também para ela. Este, ao ver tanta beleza, atrapalhou-se e deixou cair a panela em cima de D. Maria. Envergonhado, o cozinheiro desfez-se em desculpas. Foi amor à primeira vista. Começaram a falar e descobriram que tinham gostos muito parecidos.  Marcaram logo um encontro e foram fazendo mais programas juntos. Depois de um tempo, ele pediu-a em namoro e depois em casamento. Foi um dia muito bonito e emocionante. As criadas de D. Maria, que eram muito especiais para ela, foram as suas madrinhas de casamento. 

D. Maria e seu marido, os filhos Beatriz e José, que nasceu do segundo casamento, as criadas e o porco Piruças, viveram felizes para sempre.  

Texto realizado por: Lourenço Moutinho, Maria Cunha e Teresa Castro; 7ºA 



 O PRATO ENVENENADO 

Era uma vez, em tempos que já lá vão, um castelo muito, muito antigo. Era o Castelo dos Mil Segredos. Nesse castelo, vivia a futura rainha, a Princesa Miranda. Ela encontrava-se, com a sua irmã, no quarto onde as figuras reais se costumavam arranjar para os eventos. A Princesa Miranda estava nesse quarto, pois as criadas arranjavam-na para a Coroação. A sua irmã, essa, envolvia as mãos com nervosismo e com expectativa e esperança de ver o seu plano triunfar. 
A irmã mais nova da Princesa Miranda chamava-se Graça, Princesa Graça. A Princesa Graça, que sempre tivera o sonho de ser rainha, criou um plano para envenenar a irmã, de modo a ser a coroada. Então, a Princesa pensou a qual das criadas poderia pedir ajuda. Escreveu um bilhete a pedir a Clara (a criada que a arranjava) para envenenar a comida que Miranda iria comer no Grande Jantar da Coroação. Clara, ao ler o bilhete, assentiu, mas, com o descuido, deixou o bilhete no tocador e saiu para a cozinha para envenenar o prato de Miranda. Joana, a outra criada, que arranjava Miranda, leu o bilhete e ficou alarmada. 
O Grande Jantar seria antes da Coroação, onde a Princesa Miranda seria entronizada. No momento em que Joana, a criada, tinha lido o bilhete escrito pela Princesa Graça, estavam a ser preparados os pratos para o jantar. Joana tinha como função servir os pratos de todos aqueles que estivessem no jantar. Então, ela decidiu que iria trocar os pratos destinados à Princesa Miranda e à Princesa Graça. Ou seja, ela daria o prato da futura rainha (o que tinha veneno) a Graça e Miranda iria comer a comida que era destinada à sua irmã. Como os pratos eram fisicamente iguais, ninguém iria perceber. E assim, seria Graça a castigada pelas suas maldades! 
Na cozinha, Clara, a empregada, colocou o veneno no prato da Princesa Miranda. 
Horas depois, quando todos os reis, rainhas, príncipes e princesas se encontravam no Salão Nobre para o Grande Jantar da Coroação, os pratos começavam a ser servidos. Clara, que os entregava a Joana para ela os servir, estava nervosa. Quando finalmente chegou às mãos de Clara o prato que ela tinha envenenado e o prato da Princesa Graça, deu-os a Joana e disse-lhe:
- Este é o prato da Princesa Mirande e este o da Princesa Graça. 
Joana recebeu-os e dirigiu-se ao lugar onde Miranda estava sentada. Conforme o que tinha planeado, deu a Miranda o prato de Graça e a Graça o prato envenenado, ou seja, o prato de Miranda. 
A meio do jantar, a Princesa Graça começou a sentir-se mal, e sem saber o que fazer, foi à casa de banho. Joana, ao ver que o seu plano tinha dado certo, sorriu. Na casa de banho, Graça, a Princesa invejosa que queria ser rainha, viu toda a sua maldade cair sobre ela, fechando os olhos para todo o sempre. 
Moral da história: O feitiço vira-se sempre contra o feiticeiro. 

Trabalho elaborado por: 
Ana Fernandes, Maria João Padrão, Sofia Ferreira e Tomás Ferreira – turma 7.º G




SONHO OU REALIDADE?

Acordo com os meus olhos a reclamarem da luz solar vinda da janela ao meu lado. Aconchegado naquela que suporta o peso da minha existência, a minha cama, e naquela que as minhas queixas ouve, a minha almofada, o meu cérebro demora a processar a sua própria atividade. No canto do meu olho, no lado oposto ao meu, está uma presença a mexer em caixas de cartão. Com um olhar fixado, identifico o meu gato, tal como ele normalmente é: pelagem negra, cauda teimosa, e patas subordinadas à sua vontade. Depois de considerar a minha própria existência durante alguns segundos, começo a analisar o espaço à minha volta. O tato afirma que tenho uma cama desorganizada e enrugada, o olfato responde que não há irregularidades no ar, a visão relata a mesma dor de quando acordei, o paladar recorda-me da minha fome, e a minha audição notifica-me constantemente do barulho que o meu gato faz. Já orientado, o meu primeiro objetivo do dia nasce: Repor o meu lugar seguro tal como estava na noite anterior, desta vez com novos lençóis e uma nova almofada. Decidi levantar-me, em direção ao armário onde se localizavam as roupas exclusivas a camas. Depois de colocar as minhas pernas a acordar, já na metade do caminho, a minha visão começa a mudar. Aquele corredor que se estendia naquilo que parecia a distância de um campo de futebol, começou a distorcer-se. O longe tornou-se perto, e o perto tornou-se longe. Nesse momento, já não conseguia distinguir realidade de sonho. Estrelas de inúmeros tamanhos e cores envolveram os meus arredores, e, de um momento para outro, escoltaram-me para um lugar desconhecido. Em um piscar de olhos, encontro-me em um descampado ensolarado preenchido de vegetação seca. Imediatamente após o ar que eu começo a respirar faz-me tossir constantemente. Ao lado do meu pijama, da minha fome, da minha mente perdida, e das dificuldades de respiração, eu olho nos meus arredores. Deteto uma subida, e no topo uma única árvore, morta. No lado oposto, uma descida que leva a um planalto interminável, novamente preenchido de vegetação morta. Sem agir, o meu corpo começa a congelar, e não de frio. Enquanto que o meu corpo lida com as dificuldades respiratórias, a minha mente lida com a confusão do que está a acontecer. Ao mesmo tempo em que comecei a olhar para a árvore, a minha mente começa a engolir a sua própria cauda, como se a asfixia do meu corpo não fosse suficiente: ‘’Onde estou?’’, ‘’Isto é um sonho?’’, ‘’Vou morrer?’’. Quando já estava quase a perder o contacto com os meus olhos, e já quase derrubada estava a minha consciência, começo a sentir o meu coração a bater. Sempre a um ritmo constante, eu ouço e sinto o bater do coração que faz parte do meu ser. Acalmante, sereno, manso, agradável, confortável.... Podia viver o resto da minha vida neste momento... Subitamente, vejo-me cercado por escuridão pura, onde a única fonte de luz visível irradia de mim mesmo. Quando eu começo a ganhar gradualmente mais consciência, a luz, branca absoluta, começa a ser emanada com mais intensidade, até eu começar a formular os meus primeiros pensamentos: ‘’Sinto-me calmo.’’, ‘’Eu não estava em casa?’’. Surge uma réplica exata do meu quarto, que começa a transfigurar o espaço escuro à minha volta: ‘’Onde estou? O que é que me aconteceu?’’, começa a ruir o quarto, degradando-se lentamente; ‘’Mas isto é calmo, e satisfatório.’’, retrocede a ruína, destacando o quarto com mais cor. Não sei o que me aconteceu, mais sei que posso ficar assim eternamente. 
Realizado por: Bruno Pimenta, Nº4, 12ºD