A PAZ SEM VENCEDOR E SEM VENCIDOS
Dai-nos
Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça.
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
In Dual
(1972) – Sophia de Mello Breyner Andresen
É PENA...!
ResponderEliminarPorque será que a Paz deixara de ser
um bem natural, tão natural como a Água
ou o Sol, e passara a ser um produto das
civilizações, como o é a guerra?
E porque será que só lhe damos a devida
importância quando a guerra nos apanha?
... ... ...
É pena que o maior contributo para a
valorização de tão imprescindível bem
tenha de ser a tão medonha expressão
da inteligência humana!
23 de Fevereiro de 1983, in: Sérgio O. Sá, Versos na Guerra - Versos de Paz, Ed. Autor, Col. Verso Livre, Porto 2008.