TAKE AWAY WORDS
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Licínia Martins Empresa Leve as Letras para sua casa |
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Lê-se num
site da National Geographic o seguinte e cito, Os jardineiros sabem há muito
tempo que o sexo dos dióspiros é complicado: as árvores fêmeas dão frutos, e os
machos não.
É certo que
não falo frequentemente com jardineiros, mas se soubesse disto imediatamente
teria contactado o afamado sexólogo, Júlio Machado Vaz, para uma terapia in
loco. É um fenómeno que acontece a muita gente (o sexo ser complicado) e os
dióspiros merecem oportunidade de serem felizes. Quanto ao facto de serem as
árvores fêmeas a dar frutos, what´s new? É a sina das mulheres. Uma dose dupla
de cromossomas X e é o que dá. Alguém já explicou isto aos dióspiros? Eu estou
verdadeiramente preocupada com este assunto. Dado que nutro uma verdadeira
paixão por dióspiros e adoro o sabor e textura, não quero sequer pensar se os
alegados constrangimentos sexuais vão afetar a reprodução. Já é mau o
suficiente serem frutos de época que só podemos apreciar no Outono. O que é que
os jardineiros andam a fazer? Que tal frequentarem uns workshops sobre a
ejaculação precoce dos dióspiros machos ou sobre disfunções sexuais dos
diospireiros? Hoje em dia a função de um jardineiro tem que ser mais
abrangente: não basta tratar e cuidar dos jardins. Tem que estar atento à
dimensão emocional da árvore, à sua maturidade, à igualdade de género, à
orientação sexual. Este enquadramento é fundamental para prevenir
comportamentos desajustados, como por exemplo violência no quintal. Os
dióspiros vítimas devem ser imediatamente sinalizados pelo jardineiro que os
encaminhará para uma Associação que os possa apoiar. São sobejamente conhecidas
as Casas Abrigo de dióspiros pisados e esborrachados, onde conhecem uma vida
nova se deles fizerem marmelada.
Pelo
exposto informo que faço parte da Comissão de Proteção do Dióspiro enquanto
jovem, porque depois de maduros só os quero saborear.
Para a
Arminda, Teresa e Luísa, o meu agradecimento sincero às generosas ofertas de
dióspiros.
Licínia
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