quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Os nossos alunos participaram em força no concurso do PNL,  Faça Lá um Poema.
Queremos que apreciem alguns dos poemas que eles, com tanta criatividade, escreveram:


A Vida
                            A vida é um carrossel,
                            que dá muitas voltas.
                            Umas vezes caímos e choramos,
                            Umas vezes rimos e rimos
                            Sem parar.
Outras vezes sentimo-nos tontos
 que já nem nos seguramos de pé.
                            É preciso é ter fé .
                            A vida é assim,
                            Sol,chuva ou vento
                              tal como o tempo.
                                                          Constança Sá Cunha 4º B 
                                                                                                            (Escola Básica do Castêlo da Maia)

Tinta
                                             A tinta
                                             é a cor bonitita
                                             que vai da pontita
                                             do meu pincel
                                             comprido
                                             e amigo
                                             que chega
                                             ao papel
                                             que partilho
                                             contigo .             
                                                                                    Filipe Magalhães 4º B
                                                                                                          (Escola Básica do Castêlo da Maia
Xadrez

Estendido ao comprido
Jaz morto no chão,
Lutou até à morte
O pobre peão.

Maligno rei,
Com enorme covardia,
Esconde-se na altura da guerra
Atrás da infantaria.

Guerreiam-se no tabuleiro
Os exércitos da realeza,
Mas nada interessa ao rei
Senão luxo e riqueza.

Muitos lutam nesta batalha,
Como torres, bispos e cavalos
Mas, são todos nas mãos do rei,
Simples e honestos vassalos.


Paulo Alexandre Gomes Monteiro,  8ºB
(Escola Secundária do Castêlo da Maia)

Mora Deus

[ Silêncio no estúdio, luzes, câmara, ação (...) ]
Passeio-me com ideias, em pecado pela beira da rua,
Pelo caminho contam-me os olhos acerca da existência,
Que existo e bem,
Não respondo, nunca percebi muito disso para ser sincero;
Ia sem saber ao que ia,
Planos perigosos segundo dizem,
Ia pela beira fugindo à certeza da queda,
Podia ser melhor tudo isto podia,
Fosse outro e não me ralava com beiras,
Tamanha a confiança,
Mas sou como sou e a perfeição não sei dela,
Perdeu-se-me no caminho.

Ia e sem notar caí por ser humano,
Levantei e segui pela beira,
Pelo caminho contam-me os olhos acerca da existência,
Que existo infelizmente,
Não respondo a provocações,
Nunca me preocupei muito com isso para ser sincero,
Pela beira a passo brando perguntaram-me da queda e assenti, caí sabe-se lá como veja lá, mas se caí para alguma coisa foi, rio-me e conta-me a boca preocupada da sujidade de quando caí, que ficou presa à carne mas que não havia problema que a casa dos banhos era já ali.

Ia sem saber ao que ia,
Planos perigosos segundo dizem,
Ia pela beira, atento ao que suja,
Não queria piorar a minha situação,
Desculpe,
Siga em frente e com fé que dá com aquilo num instante,
Cuidado não se chegue muito para não se sujar,
Agradeço-lhe a informação,
Ia pela beira informado agora e com expectativas largas a passo lestro que há cura graças a
Deus.

Ao fim do cansaço lá cheguei, segundo dizem, com intenções largas de bater à porta, não a tinha, de encontrar, não o vi
mas e então? não estava em casa, não me diga, digo pois, olhos cegos a contarem-me: não fosse a imundice pegar-se e teria a existência comprometida.


Aparentemente, sujo não sirvo para viver,
Sujo não tenho a possibilidade das grandes coisas,
Não,
Já caí, já vi do chão e isso é bom o bastante para me definir,
Já caí, já vi do chão e não o contei a ninguém e disto se fazem as políticas,
De julgamentos mal julgados,
De confissões sem as palavras certas, ou algumas.
Estou sujo,
Já o estava antes da queda mas disfarcei-o com boa roupa,
E sujos do mesmo estamos todos,
Uns mais imundos que outros,
Em comum o facto de que ninguém sai porta fora despido;

Olho por mim olho, não sou o único, olhos hipócritas a contarem-me que não tem mal, desde que os siga cabisbaixo pela beira;
(chora nos fundos uma criança, pequena distingue o bem, pobre criança, suja da brincadeira, fecha os olhos, fecha, não queiras ver demasiado, fecha os olhos, não os queiras mais sujos, fecha, antes que a meia noite desça)

Estou sujo,
E o problema com a sujidade
É não nos preocuparmos para onde vai depois de lavada,
Onde se esconde,
E a vida é todo este conjunto de suposições mal suposicionadas
e depois a negação que cuide do resto,
E não sai não,
Do que me sujei lá fora,
Aceito-o com a maior tranquilidade do mundo,
Abri já os braços aliás.

[Mora Deus numa casa grande, aberta, sem portas, e sobretudo sem nada que ver; olhos cerrados, vendo caladas as suas preces (...) lá no alto o Silêncio na cama, como quer, atento à programação, que a vida está no ar, ação - por favor]
Marco Lamarão 12ºG
                                                                                                                          (Escola Secundária do Castêlo da Maia) 

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