Sol de janeiro
Passeio das Virtudes, Porto
Nunca tanto como hoje reparei com atenção
na luz do sol de Janeiro.
Forte mas delicada.
Furtiva mas demorada.
Não arde nem faz tremer.
Não é densa nem clara.
A luz do sol em Janeiro:
assim é o nosso amor
oculto pela tinta dos dias
apenas espreita uma aberta
(uma distracção das nuvens)
Para luzir e irromper
(nunca antes como hoje precisei)
tanto que o vento lhe desse oportunidade).
O nosso amor é Janeiro:
mesmo se o julgo esquecido
sei que está sempre lá.
João Luís Barreto Guimarães
Um belo poema de amor! E um poeta surpreendente!
ResponderEliminar