Votos de um excelente 2016 da equipa da biblioteca!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Os nossos alunos têm opinião.
É preciso notar e denotar o quão degrada, infelizmente, a nossa sociedade
se encontra.
Começo por
vos questionar: são possuidores de uma opinião ou transportadores? Permitam-me
que vos esclareça: desde que os media passaram a ser uma massa não contornável,
que toda a gente se encontra perante a abordagem diária sobre a opinião de
alguém sobre determinado assunto. Sim, eu sei, segundo o que nos é ensinado, um
jornalista deve fazer o seu trabalho sem que seja exposta a sua opinião, no
entanto, todos sabemos que tal nem sempre se verifica.
Vamos centrar-nos um pouco num passado
relativamente próximo. Quando se iniciou a questão dos refugiados, deram-se
dois grandes movimentos: os que estavam a favor e os que estavam contra a vinda
dos refugiados. Centremo-nos agora no Facebook. Já se estão a lembrar de todas
as opiniões com que foram abordados? Pois é, foi impossível ficar indiferente a
isto. Em Portugal, mais particularmente, a discrepância entre os dois tipos de
opiniões foi bastante grande. A grande maioria era contra. Mas porquê? Porque
segundo vários sites e até canais televisivos, diziam que os refugiados,
resumidamente, só queriam vir fazer mal para a Europa. E foi assim, como quem
copia e cola trabalhos da Internet, que colaram as informações nas suas redes
socias e transmitiram aos seus conhecidos e "formaram" a sua opinião.
Claro que, mais tarde, começou a haver a preocupação de se começar a fornecer às pessoas informações fidedignas e a dar argumentos válidos para fazer
face às declarações feitas por grande parte da população.
Na verdade, esta questão dos refugiados, não
é nada mais que um exemplo mais visível presente na sociedade, no entanto,
todos os dias isto acontece, todos os dias as pessoas baseiam (ou copiam) a sua
opinião com base em informação passada pelos media sem que questionem um pouco a verdade da
informação.
Isto
leva-me a uma questão: teremos nós todos a nossa opinião baseada em algo que
ouvimos ou lemos? Seremos todos fantoches dos media?
Bruna Lima, 11ºE
O Concurso de Quadras de S.Martinho, este ano letivo, contou com a melhor criatividade dos nossos alunos e professores.
Eis uma quadra inspiradora de uma professora do grupo de Filosofia e também as quadras vencedoras:
Eis uma quadra inspiradora de uma professora do grupo de Filosofia e também as quadras vencedoras:
No
dia de S. Martinho,
As
castanhas dos teus olhos,
Têm
muito mais carinho
Repartem
o amor aos molhos.
Professora Marinela
BÁSICO
1º Prémio
Agora castanhas comemos
E também vinho
bebemos!
S. Martinho fica a sorrir
E o sol decide abrir.
Diogo
Castro, nº9, 9ºI
2º Prémio
Já toda a gente sabe
O que nesse dia aconteceu,
Que S.
Martinho a um mendigo
Metade da sua capa deu.
Beatriz Lisboa,
nº4, 8ºF
3º Prémio
S. Martinho, hoje é o teu dia
Dia para comer e beber vinho
Dia para alegrar quem não sorria
Dia para partilhar com o vizinho
Carlos Andrade , nº 2,
Curso Vocacional
SECUNDÁRIO
1º Prémio
Com o verão de S. Martinho
Vêm para a rua as fogueiras
Alguns provam o vinho
Outros fazem brincadeiras
Luís Gonçalo Truta nº16, 11º A
2º Prémio
Lá estava um pobre mendigo
Num dia tempestuoso
S Martinho deu-lhe abrigo
E apareceu um sol maravilhoso
André Maia Magalhães nº4, 11ºA
3º Prémio
Quentes e aconchegadas,
Num cartucho de papel,
Aquecem as mãos geladas
São melhores que o mel
Renata Moreira nº21, 11
Parabéns a todos os participantes!
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
No passado dia 9 de novembro a nossa biblioteca dinamizou um oficina de poesia, VERSOS À SOLTA.
Vejam uma amostra dos poemas que os nossos alunos, professores e funcionários criaram a partir do primeiro verso de alguns poemas de poetas portugueses e de expressão portuguesa:
longe de aqui há
muito tempo já
Com uma lente de aumento
Vejam uma amostra dos poemas que os nossos alunos, professores e funcionários criaram a partir do primeiro verso de alguns poemas de poetas portugueses e de expressão portuguesa:
Chovia e vi-te entrar no mar
Admirei a
tua coragem e
Senti o
brilho do teu olhar.
Esperei que
saísses para
Te aquecer
com um simples
Abraço, o
nosso abraço…
Que alegria
imensa
Ana
Eis o poema original:
Chovia e vi-te entrar no mar
|
ó meu amor o
teu olhar
o meu olhar
o teu amor
Mais tarde
olhei-te e nem te conhecia
Agora aqui
relembro e pergunto:
Qual é a realidade
de tudo isto?
Afinal onde
é que as coisas continuam
e como é que
continuam se é que continuam?
Apenas
deixarei atrás de mim tubos de comprimidos
a casa
povoada o nome no registo
uma menção
no livro das primeiras letras?
Chovia e
vi-te entrar no mar
ó meu amor o
teu olhar
o meu olhar o teu amor
Que importa
que algures continues?
Tudo morreu:
tu eu esse tempo esse lugar
Que posso eu
fazer por tudo isso agora?
Talvez dizer
apenas
Chovia e
vi-te entrar no mar
E aceitar a
irremediável morte para tudo e todos
Ruy Belo, Através da chuva e da névoa, in Na Margem da Alegria
Se meu dinheiro não
chega
Vou continuar a viver
Dinheiro não traz felicidade
Mas com ele podemos sobreviver.
Se meu dinheiro não
chega
Desistir nem pensar
Vou lutar por um emprego
Para começar a ganhar.
Aluno anónimo
E agora o original:
Se meu dinheiro não chega
para sentir o prazer de dar
a quem não tem nenhum
então de que me serve
de vez em quando dar
algum?
Por isso, Maria, me chamas
numa ironia muito tua
Zé rei dos pobres.
José Craveirinha, Se meu dinheiro não chega, in Maria
Com uma lente de
aumento
E uma armada de neurónios
Ciência de alento
Acabaram-se os demónios!
Acabaram-se os cabos,
Os monstros do Escuro,
Com uma lente de aumento
A luz eu seguro
Docente anónimo
Este é o original:
|
avidamente o
tempo
sobre linhas
de lábios omitindo
a língua no
castelo
onde os
dentes ao toque de outros lábios
como guardas
de um símbolo hão-de
abrir-se
olhos na
margem vendo-me, cabelo
quase abstracto prevenindo-me
do futuro
das mãos por enquanto
retido
Gastão da Cruz, Com uma lente, in Rua de Portugal
Mudam-se os
tempos
Mudam-se as
vontades
Mudam-se os
ventos
Mudam-se as
tempestades.
Foge o fugaz
tempo sem dono
Nega o homem
o relógio
Vêm mais
horas e parte para o sono
O homem infinitamente efémero
Aluno anónimo
E, claro, o soneto de Camões:
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
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