DIA INTERNACIONAL DA MAÇÃ
CinemALer é um projeto de leitura para desenvolver nos 10ºs anos, em Português, mas aberto a quem quiser participar.
Tem a parceria do Plano Nacional de Cinema e conta com a colaboração dos vários Departamentos Curriculares.
A coordenadora do projeto é a professora Augusta Castro.1ª SESSÃO - 31 de outubro com o filme/ livro "A livraria".
O filme é de Isabel Coixet e o livro é de Penelope Fitzgerald.
Vê aqui o trailer...
A Livraria - Trailer legendado - YouTube
Amarante assinala centenário de
Agustina Bessa-Luís com três exposições
No dia em que Agustina Bessa-Luís
completaria 100 anos, 15 de outubro, o Município de Amarante – terra natal da
escritora – inaugura três exposições: “Feminino, uma história ficcionada” e “a
super-menina: espassos, letras e livros”, no Museu Municipal Amadeo de
Souza-Cardoso; e “O rosto do pensamento” na Biblioteca Albano Sardoeiro – Polo
de Vila Meã.
“Feminino, uma história
ficcionada” tem por base as palavras de Agustina Bessa-Luís no livro
“Dicionário Imperfeito” onde se lê: “A mulher é uma criadora por natureza. A
mulher é.”.
(in Amarante
assinala centenário de Agustina Bessa-Luís com três exposições (cm-amarante.pt))
ANA LUÍSA
AMARAL
Poetisa portuguesa e professora de Literatura e Cultura
Inglesa e Americana na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
( 1956-2022)
ANA LUÍSA AMARAL –
LUA DE PAPEL
Se eu cantasse o amor sem resultado ou causa,
seria mais sensata: chegava-me uma lua de papel,
um par de braços lisos, conformados
Se eu cantasse o amor sem causa ou resultado,
tinha muito mais paz: fingida em luas-cheias,
seria mais sensata e decerto poeta bem melhor
Assim o que me resta é lua cheia a trans-
bordar de tridimensional. A paz a falhar toda
e eu resolvida em causa a insistir papel. E amor.
Ana Luísa Amaral, 366 poemas que falam de amor –
Organização Vasco Graça Moura
Duas entrevistas a reler… rever:
Ana
Luísa Amaral: "Se não nos calarmos puder passar pela poesia, eu
fá-lo-ei" (espalhafactos.com)
Grande
Entrevista Episódio 29 - de 06 Ago 2022 - RTP Play - RTP
Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
Pela branda melodia do rumor dos regatos,
Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
deixa passar a Vida!
Natália Correia, in "Inéditos (1985/1990)"
13 Set 1923 // 16 Mar 1993